quinta-feira, 9 de junho de 2011

ANIMAIS NÃO JUSTIFICAM UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA EM FRONTEIRA


Teremos que arcar com as consequências ( accountability ) quando elegemos prioridades para o desenvolvimento de uma política pública. Assim, no trato de fronteiras, não se pode escolher, por exemplo o abigeato como fundamento de uma políticas de segurança pública. Deve-se, sim, escolher a qualidade de vida das pessoas que residem no espaço fronteiriço para, então, chegar-se ao delito característicos de cada região. Fronteiras são mais complexas que um único tipo de crime. No Rio Grande do Sul a Fronteira Noroeste está apenas a 80 quilômetros do Paraguai ( uma rota do tráfico e contrabando ), São Borja e Uruguaiana possuem atenção com o roubo e furto de veículos e cargas, além de outras ocorrências significativas.

De outra sorte, gestão de segurança pública em fronteira, não deve eleger o País vizinho como ameaça, ao contrário, são aliados, vejamos: na Província de Misiones ( Noroeste do RS) são apreendidas em média 15 toneladas de entorpecentes ao ano, parte entra no Brasil  ( ou seja, a primeira linha de defesa das fronteiras brasileiras são as forças de segurança da Argentina). Políticas de Segurança Pública devem ser "em fronteiras" e não "de fronteiras", pois sugerem aproximação e não segmentação.

O Rio Grande do Sul possui 1200 Km de fronteira com a Argentina e 1000 Km com o Uruguai, isto exigiria no minimo 02 centros de cooperação institucional de segurança para o desenvolvimento de ações conjuntas. Sem esquecer, evidentemente, que a realidade de gestão de segurança pública em área de fronteira impõe um novo modelo : não é uma ação de comando, é uma ação de esforços conjuntos e coordenados, assim, a gestão é horizontalizada ( os gestores públicos estão preparados?)


Um comentário:

  1. PARABÉNS, PELO ARTIGO, ESPERO QUE OS CONCEITOS SEJAM, REVISTOS, TODOS SABEMOS QUE O CONTRABANDO DE ARMAS E DROGAS ENTRAM NO RS, DE SÃO BORJA PARA CIMA, NÃO POR CULPA DOS ARGENTINOS OU PARAGUAIOS, MAS SIM POR AÇAO DOS CRIMINOSOS BRASILEIROS(SE É QUE DA PRA DIZER QUE CRIMINOSO TEM NACIONALIDADE OU PÁTRIA) QUE ATUAM NO CONE SUL.
    UM GRANDE ABRAÇO

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