terça-feira, 4 de outubro de 2011

DOS MITOS E DA DECADÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO POLICIAL






            Um termômetro interessante para medir a fase descendente de uma polícia é analisar a sua dificuldade:  
[...] de reavaliar sua fronteira com o ambiente, o que implica em mudar valores, crenças e estratégias; aceitar e reconhecer novas informações, dados e experiências, tanto do público interno quanto externo, que poderiam fornecer os subsídios para a mudança. Ziemer (1996, p.25)

             A adaptação a um ambiente complexo  precisa ter como nascedouro a percepção da transição das caracteristicas de organização autocrática, tido como superado, para um modelo sistêmico, apresentado como de possível atendimento às necessidades do ambiente interno e externo  ( ZIEMER, 1996):
 - AUTOCRÁTICA : centralizadora, política, busca relações de poder, carreirismo, baixa auto-estima determinando o isolamento, os fins justificam os meios;
- SISTÊMICA: descentralizada, meritocrática; busca parcerias, democráticas, decorrente da auto-estima e valorização pessoal; promoção é consequência de mérito e reconhecimento coletivo; comportamento autônomo, criativo, sintonizado com a visão estratégica da organização; organização aberta ao ambiente externo; ética: os meios são indissociáveis dos  fins.  
          Nesta concepção, ocorre do enfrentamento dos mitos disfuncionais: que envolvem o distanciamento entre o que se fala e o que se faz; encobrimento de problemas, vinculação de mitos com uma possível perda de identidade, a suposição de que não há soluções, a força de mitos pessoais de profissionais mais antigos.   
           A questão, desta forma, está na iniciativa de transformação na organização policial que pode ocorrer de três formas:
                      - Iniciativa política ( externa );
                      - Iniciativa da própria organização;
                      - Iniciativa conjunta da liderança política e institucional.
           As formas de mudança, que envolvem os mitos da organização, são classificadas em:
                      Analítica – utilização de um modelo já testado, realizado de forma unilateral;
                      Participativo –utiliza a investigação empírica e no consenso de grupo;
                      Imperativo – mudança pela ação da liderança com base na autoridade;
                        Emergente- advém da criação ou aceitação de uma nova idéia originária de um líder  ou um grupo.
                   Então, a pergunta é:  qual o momento para adoção de um novo modelo de gestão e a revisão de processos?

ZIEMER, Roberto. Mitos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 1996.

Nenhum comentário:

Postar um comentário